Entre os 12 e 14 de setembro de 2011, ocorrerá o XII Corredor das Idéias do Cone Sul, em São Leopoldo (RS). O "Corredor" vem se consolidando como espaço privilegiado para a discussão de um pensamento crítico e autóctone na periferia do sistema-mundo colonial moderno e capitalista. Sob a batuta do professor Antônio Sidekum, o evento trará nomes importantes da filosofia latino-americana, como Raúl Fornet-Betancourt, Ricardo Salas Astraín e José Mora Galiana.
Nosso rosto Latinoamericano.
As ideias. As experiências. As culturas.
Dias 12, 13 e 14 de setembro de 2011
Local: Unisinos - São Leopoldo (RS) - Brasil
Apresentação:
O Corredor das Ideias do Cone Sul é uma instância de encontro e reflexão dos humanistas, estudiosos do pensamento e das culturas latinoamericanas. É um movimento filosófico, cultural e acadêmico com o interesse de viabilizar o diálogo entre as culturas.
Envolve países do Cone Sul do continente Americano, numa faixa que vai desde a costa central do Chile até a costa sul do Brasil. O principal objetivo é pensar a integração desses países (Uruguai, Argentina, Brasil, Chile e Paraguai), contribuindo para a construção de um pensamento teórico e cultural na configuração institucional de uma rede que facilite a circulação das idéias sobre os problemas dos nossos povos.
É um movimento aberto à participação de todos os latinoamericanos de outras partes da América e do Mundo. É a prática das trocas epistêmicas na âncora da latino América.
No último encontro, que ocorreu na Argentina (2010), tivemos a participação da Bolívia; na continuidade desse processo buscamos estimular novas integrações.
Com esse propósito, o Corredor das Ideias anuncia sua décima segunda edição, que se realizará na Unisinos, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil, nos dias 12, 13 e 14 de setembro de 2011.
O tema em torno do qual ocorrerão os debates está indicado no chamamento “Nosso rosto Latinoamericano. As ideias. As experiências. As culturas.” Trata-se de situarmos questões, propostas e projetos a partir da ideia de identidade, do nosso rosto, do nosso jeito de ser, de pensar, de produzir conhecimento e cultura. Isso se efetivará na dimensão das trocas de nossos olhares, gestos, ideias, sentimentos e questões em diferentes âmbitos, como se verá nas conferências, debates e mesas temáticas.
Nesse encontro, o espírito é o da continuidade das nossas reflexões desde que começou em Maldonado - Uruguai (1998), passando pelas sucessivas edições. Já discutimos acerca da regionalização, da globalização, da democracia, do bicentenário, do socialismo, dos ensinamentos da independência para os desafios globais, do protagonismo de nossos povos, entre outros.
Rosto fala de identidades e diferenças. Nosso rosto Latinoamericano quer convocar as nossas múltiplas e singulares representações por meio de nossas ideias, experiências e culturas. A história de nossos encontros expressa as compreensões de nossos temas e problemas, nas variações culturais de nossos povos e países, com a intenção do intercâmbio entre nossa finitude e a infinitude do Mundo mediada pela intenção de um humanismo emancipatório.
Comissão Organizadora
Antonio Sidekum (UNOESC - Brasil)
Cecília Maria Pinto Pires (Unisinos - Brasil)
Celso Candido Azambuja (Unisinos - Brasil)
Dorilda Grolli (FURG - Brasil)
Eloísa Helena Capovilla da Luz Ramos (Unisinos - Brasil)
Humberto Rocha Cunha (IPES - Brasil)
Janete Bonfanti (UCS - Brasil)
Magali Mendes de Menezes (UFRGS - Brasil)
Neusa Vaz e Silva (ASAFTI - Brasil)
Sergio Trombetta (Unisinos – Brasil)
Solon Eduardo Annes Viola (Unisinos - Brasil)
Comissão Científica
Antonio Sidekum (Brasil)
Beatriz Gonzalez de Bosio (Paraguai)
Carlos Pérez Zavala (Argentina)
Cecília Maria Pinto Pires (Brasil)
Dina V. Picotti (Argentina)
Eduardo Devés Valdés (Chile)
Hugo Biagini (Argentina)
José Alberto de La Fuente (Chile)
Juan Carlos Iglesias (Uruguai)
Magali Mendes de Menezes (Brasil)
Mauricio Langon (Uruguai)
Ricardo Salas Astraín (Chile)
Sandra Tejera (Uruguai)
Yamandu Acosta (Uruguai)
Programação do XII Corredor das Ideias:
Dia 12 de setembro de 2011 - segunda-feira
9h30min às 10h - Recepção e credenciamento
10h - Abertura do evento: Cecília Maria Pinto Pires (Unisinos - Brasil); Eloisa H. Capovilla da Luz Ramos (Unisinos - Brasil)
10h30min às 11h30min - Conferência: Olhares sobre o Brasil
Conferencista: Antonio Sidekum (UNOESC - Brasil)
Coordenadora: Neusa Vaz e Silva (ASAFTI - Brasil)
12h - Almoço
15h às 16h30min – Painel 1: Éticas e cultura
Painelistas: Dina V. Piccoti (UNGS - Argentina); Ricardo Salas Astraín (UCTemuco - Chile)
Moderadora: Dorilda Grolli (FURG - Brasil)
16h30min - Intervalo
18h45min às 19h30min - Atividade cultural
19h30min - Abertura oficial: Reitor Prof. Dr. Pe. Marcelo Aquino (Unisinos - Brasil)
Coordenação do PPG de Filosofia (Unisinos)
Coordenação do Curso de Graduação em Filosofia (Unisinos)
20h às 22h - Conferência: Filosofia da libertação e direitos humanos no pensamento de Ignacio Ellacurría
Conferencista: José Mora Galiana (Universidad Pablo Olavide - Sevilla/ES)
Coordenador: Castor Bartolomé Ruiz (Unisinos - Brasil)
Dia 13 de setembro de 2011 - terça-feira
8h30min às 10h - Painel 2: A mística popular Latinoamericana
Painelistas: Aldo Rubén Ameigeiras (UNGS - Argentina); Danilo Streck (Unisinos)
Moderadora: Eloisa H. Capovilla da Luz Ramos (Unisinos)
10h - Intervalo
10h30min às 12h - Painel 3: Experiências sociais na América Latina
Painelistas: Maria Luz Mejias Herrera (UCLV – Cuba); Jorge Antonio Viaña Uzieda (Universidade Salesiana – Bolívia)
Moderadora: Magali Mendes de Menezes (UFRGS – Brasil)
12h - Almoço
15h às 18h - Mesas Temáticas
01 – Interculturalidade
02 – Educação e experiências educacionais
03 – Gênero, feminismo e cultura
04 – Pensamento alternativo
05 – Direitos humanos
06 – América indígena, ontem e hoje
07 – América, Américas
08 – Filosofia, as idéias Latinoamericanas
09 – América Latina e suas culturas
10 – Tecnociência, cultura e revolução
11 – Movimentos sociais na América Latina
12 – Socialismo no século XXI na América Latina
13 – Jovens e culturas: as experiências Latinoamericanas
18h - Intervalo
20h às 22h - Conferência: Sobre o conceito de cultura na filosofia intercultural
Conferencista: Raúl Fornet-Betancourt (Univ. de Bremen e Aachen - Alemanha)
Coordenadora: Cecília Maria Pinto Pires (Unisinos – Brasil)
Dia 14 de setembro de 2011 - quarta-feira
8h30min às 10h30min - Painel 4: Vozes indígenas
Painelistas: Eliane C. Deckmann Fleck (Unisinos - Brasil); Jean Tiago Baptista (FURG - Brasil); Sergio Baptista da Silva (UFRGS - Brasil)
Moderador: Sergio Trombetta (Unisinos – Brasil)
10h30min - Intervalo
11h às 12h30min - Painel 5: O rosto africano
Painelistas: Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (UFSC/SP - Brasil ); Leonor Araujo (Ministério da Cultura – Brasil)
Moderador: Humberto Rocha Cunha (IPES - Brasil)
12h30min - Almoço
15h às 18h - Mesas Temáticas
18h - Intervalo
20h às 22h - Conferência de encerramento: Direitos humanos
Conferencista: Maria Victoria de Mesquita Benevides (USP/SP - Brasil)
Coordenador: Solon Eduardo Annes Viola (Unisinos - Brasil)
Caracterização das Mesas Temáticas
01 - Interculturalidade
Coordenadores: Jovino Pizzi, Neusa Vaz e Silva e Ricardo Salas Austrín
Nesta Mesa de trabalhos busca-se pensar e refletir acerca da interculturalidade, a partir das realidades contextuais Latinoamericanas. Fundamentando-se nas comunidades históricas e nas distintas identidades sociais e culturais de nossos povos, busca-se dialogar sobre a condição humana nos atuais contextos latinoamericanos em torno a suas múltiplas e particulares representações, experiências, necessidades e alternativas existentes, em um espaço de encontro de muitas narrativas e disciplinas. Buscar-se-á compreender também os nossos temas e os nossos problemas, na tentativa de promover o intercambio entre nossos povos e países, como também, na tentativa de abrir caminhos para novas possibilidades de encontro, a partir da identificação de nosso rosto, de nossa maneira de pensar, de ser, de produzir conhecimento e formas de ação, que permitam responder a um tipo de sociedade capitalista hegemônica e excludente. Abordagens que exigem pesquisas adequadas, que incluam alternativas de diálogo com vistas a fazer frente às atuais condições sócio-econômicas, políticas, tecnológicas e ambientais, que colocam em risco a sobrevivência das particularidades culturais de nossos povos. O XII Corredor das Idéias convida estudantes e pesquisadores a participarem desta discussão candente nos dias de hoje, desta mesa de debates, na tentativa de colaborar no refazimento do mapa antropológico de nossos povos em sua diversidade.
02 – Educação e experiências educacionais
Coordenadores: Dorilda Grolli e Sandra Tejera
O significado da convocação é discutir criticamente sobre o processo formativo do homem a partir do contexto. Mostrar a importância da realidade latinoamericana, o processo de identificação e reconhecimento, vendo seu impacto sobre as ideias no processo cultural e nas experiências educacionais. A importância de se discutir “o rosto da América Latina” a partir da educação, convida-nos a problematizar sobre a luta pela identidade latinoamericana. Esforço necessário para visualizar e compreender a realidade do nosso continente perante às condutas sócio-político e sócio-cultural do século XXI, e assim, poder encontrar alternativas para gerar um processo de integração.
03 - Gênero, feminismo e cultura
Coordenadoras: Edla Eggert e Magali Mendes de Menezes
A presente convocatória busca refletir criticamente os avanços e retrocessos na luta de mulheres e homens na construção de uma sociedade mais igualitária e justa. Conceitos como gênero surgem no sentido de criarmos um instrumental teórico capaz de repensar nossas identidades e experiências culturais que, muitas vezes se sustentam na afirmação de uma razão patriarcal. Nesse sentido, pensar o rosto latino-americano nos exige problematizar que sujeitos emergem deste continente, de que maneira sentem e pensam seus corpos, suas culturas, suas experiências sociais e históricas.
04 - Pensamento alternativo
Coordenadores: Ricardo Nicolon e Hugo Biagini
Paulo Freire denunciou em sua "Pedagogia da Autonomia” (1997): "A ideologia fatalista, que incentiva o discurso liberal está a solta no mundo. Com ares de pós-modernista, insiste em convencer-nos de que nada podemos fazer contra a realidade social que de histórica e cultural, passa a ser ou a tornar-se ‘quase natural’”. Ampliando esta denuncia, hoje dizemos ideologia desmobilizadora, alienante, corrupta, exploradora, predatória. De Paulo Freire aprendemos que, após a denúncia, esse modo de enunciar comprometido e dialético, vem o anúncio, a superação, e nisto consiste o pensamento alternativo, crítica e alternativa, problema e proposta, dominação e liberação. É assim que os convidamos a participar desta mesa esperando seus anúncios e suas denuncias.
05 - Direitos humanos
Coordenadores: Sólon Eduardo Annes Viola e Paulo César Carbonari
A história recente de nossos povos tem sido marcada por interdições por períodos de exceção nos quais ditaduras militares inviabilizaram sujeitos e seus direitos. Os processos de democratização, com suas contradições, ainda estão longe de serem completados e seguem marcados por conciliações que relegaram a memória, a verdade e a justiça a planos secundários e, mesmo que vários já tenham enunciado direitos, ainda estão longe de enfrentar as estruturais e diversas desigualdades que marcam as relações sociais. Em razão disso, a construção histórica dos direitos humanos se caracteriza como luta pela afirmação de sujeitos e de direitos cujo pano de fundo ainda não superou um gap profundo entre o “contar com” garantias e direitos e o “dispor de” direitos no cotidiano. Assim, os direitos humanos tem se constituído em tarefa e luta dos segmentos sociais, das classes, dos setores e dos grupos vitimizados e vulnerabilizados, seja para enfrentar as muitas violências, inclusive as patrocinadas pelos Estados, como para enfrentar a discriminação, a exploração e as muitas formas de vitimização e exclusão. A afirmação de alternativas de humanização passa, neste sentido, pela capacidade de produção de propostas para a superação de sua condição de vitimização, e para a promoção das liberdades individuais e públicas, da igualdade e da justiça social. É neste espírito que o XII Corredor de das Ideias se abre para acolher reflexões de diversos campos do conhecimento, nas quais os direitos humanos sejam pensados em concepções inovadoras e transformadoras.
06 - América indígena, ontem e hoje
Coordenadores: Maria Cristina Bohn Martins e Walmir da Silva Pereira
As sociedades indígenas americanas apresentam contemporaneamente um dinamismo que surpreende muitos de seus observadores. São elementos evidenciadores disto, não apenas a retomada do crescimento demográfico de muitos grupos, como o acentuado protagonismo político que outros tantos passaram a exercer. Por todo continente, povos indígenas afirmam suas identidades, recuperam línguas e saberes, organizam-se e apresentam demandas para as autoridades de seus respectivos países. De outra parte, fenômenos complexos envolvendo processos de etnogênese e etnificação também se apresentam como desafios para os pesquisadores. Esta mesa, intitulada "América indígena, ontem e hoje" convida especialistas de diferentes campos do saber para refletir em torno de temas afeitos a esta realidade que envolve "ideias, experiências e culturas" de nosso rosto latinoamericano.
07 – América, Américas
Coordenadores: Alcira Beatriz Bonilla, Eloísa Capovilla Luz Ramos e Octavio Obando
Para pensar América, Américas propõe-se discutir questões básicas vinculadas com a unidade e a diversidade da América Latina, a partir de propostas realizadas desde óticas de reflexão e investigação do tipo interdisciplinar e intercultural.
Destacamos os temas de grande interesse e atualidade: - a reivindicação da existência de modernidades, como modo de viabilizar colonialismos e formação de identidades políticas complexas e distintas de outros modelos colonizadores; - problemas relacionados com o protagonismo dos povos originários co-relacionados com a herança deixada pelos diversos tipos de migrações: negros, chineses, japoneses, indígenas, judeus, muçulmanos, europeus, entre outros; - aporte das lutas populares, centrando o olhar no conflito e nas relações de poder; - visões mútuas das Américas: as construções de identidade especulares entre o norte e o sul; - problemas relacionados com as apropriações culturais na construção das memórias sociais, culturais, éticas e históricas.
08 - Filosofia, as idéias Latinoamericanas
Coordenadores: Castor Bartolomé Ruiz e Yamandu Acosta
A filosofia tem pretensão de universalizar o conhecimento. Mas todo saber remete a um espaço e tempo que o condicionam como tal. Latino América existe como um espaço plural e um tempo trágico, aberto. O espaço da diversidade cultural de um continente e o tempo de um antes e um depois: da conquista, das independências, das ditaduras... A filosofia latinoamericana sofre um duplo desafio. Ao produzir conhecimento, não pode ignorar a condição histórica em que surge e a onde se dirige. Mas o marco latinoamericano não pode constranger o saber ao endogenismo localista, nem fechá-lo ao diálogo com a tradição filosófica. Fazer filosofia é produzir conhecimento, conjugando as interpelações do presente com os saberes herdados, articulando de forma agônica os contextos locais com a pretensão de universalidade de todo conhecimento.
Esta mesa se propõe apresentar de forma plural, dialógica e trágica a diversidade do pensamento filosófico latinoamericano. O pensamento produzido no lócus latinoamericano e os saberes que se propõem a pensar latino America, em sua caleidoscópica realidade, como sujeito e objeto de conhecimento.
09 - América Latina e suas culturas
Coordenadores: José Alberto de La Fuente e Janete Bonfanti
A temática desta mesa tem como propósito vicejar a reflexão acerca das culturas na América Latina. Intenta ser promotora do pensar no modo de ser latinoamericano nas suas mais distintas interfaces culturais, numa manifestação estética própria de se fazer arte e filosofia, literatura e filosofia, etc. Formas de manifestação de uma identidade dos povos que compõem este espaço geo-histórico. Propõe-se a pensar sobre novas expressões culturais, artísticas e literárias (em todos os gêneros) a partir de um recorte histórico dos anos 80 do século XX até os dias de hoje.
10 - Tecnociência, cultura e revolução
Coordenadores: Celso Candido Azambuja e José Francisco Xarão
A atual revolução tecnocientífica arrasta tudo e todos. Não há um único campo da atividade social, das relações de produção e poder, da vida cultural e da educação, da informação e do conhecimento que não se encontra determinado e transformado pela tecnociência. Todos os grandes problemas humanos e ambientais da atualidade estão em uma dependência praticamente absoluta da pesquisa e do desenvolvimento tecnocientífico.
Para que os países latinoamericanos possam encontrar base sólida para um bom projeto político para a pesquisa e o desenvolvimento tecnocientífico e se tornem inteligentemente competitivos nos mercados globalizados, terão que resolver a todo vapor problemas estruturais de educação: ampliar significativamente sua base em nível de educação superior, e também, em nível fundamental e médio. O fundamental deste projeto será a garantia de acesso universal ao ensino público e gratuito em todos os níveis de escolaridade.
Ao mesmo tempo, a situação da produção científica e cultural encontra-se completamente transformada pela revolução tecnológica da comunicação digital e molecular, através do acesso universal ao conhecimento, do compartilhamento da informação, da liberdade de expressão. Se esta nova paisagem desenhada pela atual revolução tecnocientífica gera crises e contradições, não podemos esquecer que ela gera também enormes oportunidades para as economias latinas que precisam se apropriar do conhecimento e dos instrumentos de produção e reprodução do conhecimento – e isto tão mais rápida e obstinadamente quanto maiores forem suas contradições econômicas e culturais.
Propomos com esta Mesa Temática uma discussão em torno dos problemas e contradições éticos, políticos, econômicos e culturais próprios aos países latinoamericanos, em face da emergente e cada vez mais hegemônica sociedade tecnocientífica global.
11 – Movimentos Sociais na América Latina
Coordenadores: Jaime Zitkoski, Humberto Rocha Cunha e Sergio Trombetta
Os principais objetivos da reflexão e debates sobre a temática da Mesa são de analisar as formas de luta dos Movimentos Sociais que despontam na atualidade da América Latina, buscando conhecer suas ações e estratégias de organização das classes populares, e segundo lugar, descrever os avanços que vem ocorrendo no processo de organização política e na definição da agenda de mobilização social dos Movimentos Sociais na América Latina nas últimas décadas. Principalmente, discutir as formas criativas e inovadoras de valorizar a cultura da solidariedade, da paz e do resgate da dignidade humana dos setores mais oprimidos e marginalizados pela lógica dominante da civilização ocidental.
12 - Socialismo no século XXI na América Latina
Coordenadores: Sírio Lopez Velasco e Antonio Salamanca
Os acontecimentos políticos e culturais na América Latina tem colocado em primeiro plano o tema do "socialismo do século XXI", conceito em plena elaboração, que ganhou repercussão mundial a partir do seu uso pela revolução bolivariana na Venezuela, e posteriormente na Bolívia, no Equador e inclusive em Cuba. Esse conceito-realidade em construção implica uma revisão dos paradigmas tradicionais das filosofias políticas que tentaram servir de base às diversas concepções do socialismo até o século XX, e coloca grandes desafios teórico-práticos aos filósofos e aos povos imersos na estruturação dessa nova realidade. A Mesa se propõe a debater, em especial, as questões atinentes à teoria do direito nesse novo socialismo, ao papel que nele cabe à estética, à nova organização econômica, à perspectiva sócio-ambiental, à democracia participativa, protagônica e revogatória, ao enfoque intercultural, à relação entre o Estado e a sociedade, à questão militar, à questão da comunicação e da mídia, e à erótica libertária.
13 - Jovens e culturas: as experiências Latinoamericanas
Coordenadores: Claiton Prinzo, Mauricio Perondi e Selina Maria Dal Moro
As culturas juvenis, na América Latina, passaram a ter maior atenção das instituições e da sociedade em geral a partir dos anos 1990. Anteriormente, a juventude era considerada como uma espécie de fase de transição, entre o mundo infantil e o adulto. Atualmente, os jovens são considerados sujeitos de direitos, que vivem situações específicas de sua idade, com características e necessidades próprias. Compreender a diversidade das juventudes significa compreender a diversidade das sociedades latinoamericanas. Faz-se necessário pensar o lugar e a contribuição dos jovens, no presente das sociedades latinoamericanas. As culturas juvenis, o mundo do trabalho, a educação, as experiências de participação social e as políticas públicas para a juventude são alguns dos elementos fundamentais a serem discutidos para compreender o mundo juvenil contemporâneo
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