Luísa Saraiva*
Com a proximidade das eleições presidenciais, princípios
constitucionais como democracia e República assumem um papel de protagonistas
no discurso cotidiano da população. Em meio à necessidade de debates e aos
receios e divergências acerca dos rumos da política brasileira atual, começam
os cidadãos a discutir e debater sobre seus partidos e, principalmente,
candidatos preferidos ou preteridos.
Há, no entanto, certo consenso em relação à crise das
instituições democráticas nos moldes atuais. Nos protestos de junho de 2013,
por exemplo, percebeu-se o descontentamento do povo em relação aos partidos políticos
e a certas bandeiras de movimentos sociais. Ecoavam pelas ruas os gritos de que
as instituições políticas (ou até mesmo representantes eleitos) não
representavam aqueles que deveriam ser representados.
Estamos, portanto, vivendo uma crise da democracia
representativa. Isso porque há um grande distanciamento entre representantes e
representados, não havendo, pois, o reconhecimento dos primeiros em relação aos
últimos.
"Ecoavam pelas ruas os gritos de que as instituições políticas (ou até mesmo representantes eleitos) não representavam aqueles que deveriam ser representados"
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