segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Entrevista com Flávio Tavares

Nesta entrevista, feita pelo programa "Sintonia" da TV Câmara (1), Flávio Tavares relata fatos impressionantes de que foi observador ou protagonista, num dos períodos mais funestos de nossa história recente, a ditadura militar de 1964 a 1985. Como, por exemplo, a vez em que foi preso e solto com "pedido de desculpas", e outra em que foi solto junto ao grupo de militantes em troca do embaixador dos Estados Unidos. Conta ainda sua experiência como jornalista e professor da UnB.

(1) O "Sintonia" da TV Câmara é um programa cultural de entrevistas com artistas, acadêmicos e políticos sobre diversos aspectos da realidade cultural e do pensamento brasileiro.
Dentre as frases de destaque estão:
"Uma ditadura que censura até a previsão do tempo tem que ser combatida com armas, era a mentalidade da época";
"Foi o Getúlio que matou o Allende";
"Jango morreu de infarte, na Argentina, porque não se cuidava";
"Até os integralistas tinham posições políticas, hoje não";
"O ser humano é o objetivo concreto da política".


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Flávio Tavares é jornalista, advogado e escritor. Na década de 1950, foi dirigente estudantil no Rio Grande do Sul. Integrou o grupo fundador da Universidade de Brasília, da qual é professor aposentado. De 1960 a 1968, foi comentarista político da Última Hora do RJ e de SP. Preso e banido do Brasil, foi redator do jornal Excelsior, do México e logo seu correspondente latino-americano, com sede em Buenos Aires, acumulando na América Latina e Europa as funções de correspondente internacional de O Estado de S. Paulo, do qual foi, também, editorialista político nos anos 1980.

Colunista político durante quarenta anos, ele acompanhou de perto, como jornalista e militante de esquerda, episódios que levaram ao golpe militar de 64, à repressão e à luta armada. Episódios que marcaram o caráter da política brasileira, especialmente nas décadas de 60 e 70. Reunidos em dois livros: "Memórias do Esquecimento", de 1999, da editora Globo e "O Dia em que Getúlio Matou Allende", de 2004.

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