Nesta entrevista, feita pelo programa "Sintonia" da TV Câmara (1), Flávio Tavares relata fatos impressionantes de que foi observador ou protagonista, num dos períodos mais funestos de nossa história recente, a ditadura militar de 1964 a 1985. Como, por exemplo, a vez em que foi preso e solto com "pedido de desculpas", e outra em que foi solto junto ao grupo de militantes em troca do embaixador dos Estados Unidos. Conta ainda sua experiência como jornalista e professor da UnB.
(1) O "Sintonia" da TV Câmara é um programa cultural de entrevistas com artistas, acadêmicos e políticos sobre diversos aspectos da realidade cultural e do pensamento brasileiro.
Dentre as frases de destaque estão:
"Uma ditadura que censura até a previsão do tempo tem que ser combatida com armas, era a mentalidade da época";
"Foi o Getúlio que matou o Allende";
"Jango morreu de infarte, na Argentina, porque não se cuidava";
"Até os integralistas tinham posições políticas, hoje não";
"O ser humano é o objetivo concreto da política".
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Flávio Tavares é jornalista, advogado e escritor. Na década de 1950, foi dirigente estudantil no Rio Grande do Sul. Integrou o grupo fundador da Universidade de Brasília, da qual é professor aposentado. De 1960 a 1968, foi comentarista político da Última Hora do RJ e de SP. Preso e banido do Brasil, foi redator do jornal Excelsior, do México e logo seu correspondente latino-americano, com sede em Buenos Aires, acumulando na América Latina e Europa as funções de correspondente internacional de O Estado de S. Paulo, do qual foi, também, editorialista político nos anos 1980.
Colunista político durante quarenta anos, ele acompanhou de perto, como jornalista e militante de esquerda, episódios que levaram ao golpe militar de 64, à repressão e à luta armada. Episódios que marcaram o caráter da política brasileira, especialmente nas décadas de 60 e 70. Reunidos em dois livros: "Memórias do Esquecimento", de 1999, da editora Globo e "O Dia em que Getúlio Matou Allende", de 2004.
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