quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Poema sobre a insurgência

Vejam o poema extraído do blogue "Passa Palavra":

Por la autogestión / De nuestras minas argénteas / Y nuestras mentes. 
Por Bruno Villela

Gritamos por la urgencia del Sur
Por la urgencia de un discurso de presente
Por la urgencia del control del nuestro albur
Por la valoración
De toda lucha doliente
Por la autogestión
De nuestras minas argénteas
Y nuestras mentes

Gritamos por la urgencia del Sur
Por la urgencia de la dignidad
Que es poca pero decente
Y siempre por la libertad
Aunque sea un efluvio contingente
Por la urgencia del Sur, gritamos vehementemente
Clamando por la in-sur-gencia
De nuestra gente.

Gritamos pela urgência do Sul / Pela urgência de um discurso do presente / Pela urgência do controlo do nosso destino / Pela valorização / De toda a luta que dói / Pela autogestão / De nossas minas argênteas / E nossas mentes / Gritamos pela urgência do Sul / Pela urgência da dignidade / Que é pouca mas decente / E sempre pela liberdade / Embora seja um eflúvio contingente / Pela urgência do Sul, gritamos veementemente / Clamando pela in-sur-gência [in-sul-gência] / Da nossa gente.

Pintura do uruguaio Torres García

Um comentário:

  1. Lao Tsé nos ensina [ao bardo-jurista, ao tecelão taoísta, ao marmota-marxista, aos demais também]:

    "Trinta raios cercam o eixo:
    a utilidade do carro consiste no seu nada.
    Escava-se a argila para modelar vasos:
    a utilidade dos vasos está no seu nada.
    Abrem-se as portas e as janelas para que haja um quarto: a utilidade do quarto está no seu nada.
    Por isso o que existe serve para ser possuído
    e o que não existe, para ser útil".

    O que sustenta o carro, o vaso e o quarto, sustenta o mundo. O Vazio os preenche; o Vazio os envolve; o Vazio os sustenta, tal qual a Vida e o pensamento: um pulmão cheio de ar não respira; uma mente ocupada não transcende. Esvaziar o pulmão e a mente: eis o Tao. O Tao é anterior ao pensamento, é anterior à Vida. O Tao é o Caminho. Do caminho vem a direção, da direção o estado, do estado a razão, da razão a verdade. A verdade, que tantos buscam, é a última emanação do Tao sobre o pensamento. A assim dita "verdade" é inócua.

    Confusões da mente dialética, emaranhados que o Tao desfaz... É preciso galgar novamente a escada que descemos tão rápido em busca de "verdades", caro Pazello. É preciso voltar ao Caminho.

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