quarta-feira, 30 de maio de 2012

Direitos das Marias – Um giro por Maio



            No mês de Maio entre os dias 26 e 27 ocorrerão em diversas cidades brasileiras, dentre elas Brasília, Recife, Florianópolis, Porto Alegre, Fortaleza, Vitória, Criciúma, São Paulo, Bélem, a Marcha das Vadias. Num país que apresenta recordes de violência contra a mulher, segundo dados da Fundação Perseu Abramo/SESC, uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido. Se o machismo estigmatizou "vadia" como algo ruim, deletério, que atenta contra a tal "ordem natural", a Marcha das Vadias, na sua luta contra o preconceito, contra o machismo, se apropriou da palavra como reivindicação ao direito ao corpo, como direito à igualdade completa, como direito ao direito. http://blogueirasfeministas.com/2012/05/marcha-das-vadias-coletividade-e-mobilizacao/

            Outra vitória ao movimento feminista é a queda da Medida provisória nº. 557, seu objetivo é instituir o Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento de Gestante e da Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna. A MP institui um cadastro nacional de informações sobre grávidas, cria uma bolsa gravidez e institui mecanismos de vigilância e direitos do nascituro. Na avaliação das feministas esta Medida Provisória significa  um retrocesso para o SUS. Mais uma vez, os recursos da atenção à saúde são desviados por motivo eleitoreiro para o financiamento da Bolsa Gestante. Além disso, compromete a integralidade que deve ser o princípio estruturante para as políticas de saúde destinadas às mulheres. http://blogueirasfeministas.com/2012/01/presente-para-as-mulheres-mp-557/   http://www.audaciadaschicas.com/2012/05/mp-557-quando-o-nosso-corpo-e-moeda-de.html

            Esta em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n°. 478/2007, denominado Estatuto do Nascituro, movimentado pela frente conservadora, sob o argumento religioso do direito à vida, violenta-se o corpo da mulher obrigando-a a sustentar uma gravidez. O Estatuto inclusive representa um retrocesso posto que sob nenhuma hipótese será consentido o aborto, sem encarar que o aborto é uma questão de saúde pública. No Brasil segundo dados da ONU morrem cerca de 200 mil mulheres por ano por causa de abortos de risco. http://www.cfemea.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3689&catid=218&Itemid=152
 
            Reportagem no Le monde Brasil discute  uma inclinação no cinema e televisão para um retorno a uma feminilidade arcaica como saída para as mulheres na sociedade atual http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1177

2 comentários:

  1. Valeu, Tchenna!

    Aqui em Teresina também já começaram as mobilizações para a marcha das vadias. Olha o saite: http://teresinavadia.blogspot.com.br/

    Beijocas!

    Nay

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    1. Bem lembrado Nayara, ainda vão ocorrer outras marchas pelo Brasil. Aqui em Curitiba está marcada para 14 de julho.

      abraços.

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