terça-feira, 30 de setembro de 2014

A crise da democracia representativa no Brasil e os mecanismos de participação popular

Luísa Saraiva*

Com a proximidade das eleições presidenciais, princípios constitucionais como democracia e República assumem um papel de protagonistas no discurso cotidiano da população. Em meio à necessidade de debates e aos receios e divergências acerca dos rumos da política brasileira atual, começam os cidadãos a discutir e debater sobre seus partidos e, principalmente, candidatos preferidos ou preteridos.
Há, no entanto, certo consenso em relação à crise das instituições democráticas nos moldes atuais. Nos protestos de junho de 2013, por exemplo, percebeu-se o descontentamento do povo em relação aos partidos políticos e a certas bandeiras de movimentos sociais. Ecoavam pelas ruas os gritos de que as instituições políticas (ou até mesmo representantes eleitos) não representavam aqueles que deveriam ser representados.
Estamos, portanto, vivendo uma crise da democracia representativa. Isso porque há um grande distanciamento entre representantes e representados, não havendo, pois, o reconhecimento dos primeiros em relação aos últimos.

"Ecoavam pelas ruas os gritos de que as instituições políticas (ou até mesmo representantes eleitos) não representavam aqueles que deveriam ser representados"