Hoje, na coluna AJP na Universidade, disponibilizamos uma “pensata” a respeito do que significa, em
última instância, o modo de produção capitalista. O texto da paulista Verônica
Costa de Albuquerque foi produzido originalmente para a disciplina de “Teorias
Críticas do Direito e Assessoria Jurídica Popular”, da Especialização em
Direitos Sociais do Campo da UFG, na Cidade de Goiás.
***
Capitalismo
é guerra
Verônica Costa de
Albuquerque
estudante
da Turma de Especialização em Direitos Sociais do Campo - Residência Agrária
(UFG)
Guerras,
elas acontecem há milênios. As primeiras guerras datam de antigas eras, como as
guerras púnicas, depois, novas guerras no tempo dos povos egípcios e antigos
romanos.
Ocorre
que, nos vários sistemas societários, há sempre os mandatários, aqueles que
decidem o destino de todo um povo, estes têm em suas mãos o poder e em nome
desse poder decidem sobre a vida e morte de todo um povo. Mas têm em suas mãos
o poder de ceifar a vida de milhões de pessoas humanas? Em nome de que e para
quê?
Kal Marx conceituava
essa sede desumana e sanguinária de tirar milhares de vidas inocentes e
acumular capital à custa da exploração da força de trabalho de imperialismo; Rosa
Luxemburgo já denominou de capitalismo; no Brasil, Darci Ribeiro chamou isso de
máquina de moer gente, quando desenvolveu seus estudos sobre a formação do povo
brasileiro e sua história sobre os sistemas vigentes no Brasil, a partir dos
primórdios do processo de colonização. O fato é que todas estas nomenclaturas têm
em comum um objetivo: o domínio da terra, território, suas riquezas naturais e
da própria sociedade dos povos e extermínio de culturas, em diferentes
formações societárias.
A forma mais usada para exercer este domínio é chamada
de guerra, outros dizem conflitos. O que sempre resulta, de uma forma ou outra,
no extermínio da vida humana, da vegetação, dos animais e suas diversidades e
até deles próprios, os que dominam. Eles estão na condição de humanos, porém, fica
sempre a pergunta ao final, que força é esta que se move sempre rumo à
destruição de toda humanidade e do próprio planeta que é sua casa, seu hábitat
natural?
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