Ana Virgínia Porto de Freitas*
Para a fanpage da RENAP-CE
Questão racial?! Presente. Questão de gênero?! Presente. Contradição de classes?! Presente. Inclusão social?! Faltou. Efetividade de direitos?! (silêncio.......). Essa é a chamada comum na sala social da realidade das trabalhadoras domésticas no Brasil. Herança de discriminação, futuro de incertezas. Categoria que carrega peculiar importância na construção da comunidade, tão presente quanto cruelmente invisível no dia-a-dia. Nesse caminho, construído há mais de quinhentos anos, surge a iniciativa de criação de uma rede de assessores populares voltados à articulação jurídica e à defesa dos interesses e direitos dessa categoria. A partir dos anos 1980, muitos atores e grupos sociais conseguiram formatar debates sobre inúmeros temas populares. Alguns movimentos sociais se estabeleceram e abriram caminhos importantes no debate democrático. Porém, o debate sobre direitos das trabalhadoras domésticas tem encontrado grande resistência. As estatísticas são desalentadoras, além de serem nitidamente distantes do verdadeiro cenário do trabalho doméstico. A falta de anotação da Carteira de trabalho encobre danos muito mais graves: desrespeito ao mínimo salarial, acidentes e doenças não notificados, trabalho infantil, trabalho em condições degradantes, jornadas extenuantes, dentre outros.
A foto retrata Ana Virgínia Porto de Freitas e Rodrigo de Medeiros na reunião em Brasília |
*Advogada, integrante da RENAP-CE, esteve presente na reunião de advogados e advogadas em Brasília, promovida pelo projeto Trabalhadoras Domésticas: Construindo a Igualdade no Brasil da Themis Gênero e Justiça, que criou a Rede Nacional de Assessoria Jurídica das Trabalhadoras Domésticas.
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