No artigo "Quem só entende de dinheiro e boi não entende nada de gente", Alfonsin aponta os equívocos arguidos por Tarso Teixeira ao criminalizar o MST. Além de referir uma série de fatos que fundamentam sua posição de que é o MST sofre com os arbítrios do Estado e a intolerância da classe rural burguesa gaúcha.
Desmascara ainda afirmações que fundamentam a propaganda ruralista, como a de que é a agricultura do latifúndio que mata a fome do povo gaúcho. Quando o IBGE e o IBOPE já divulgaram pesquisas comprovando que esta parcela da produção destina-se essencialmente à exportação. Tudo financiado com dinheiro público, já que os latifundiários sempre contam com anistia para dívidas públicas e privadas.
Por fim, deixa uma reflexão importante para aqueles que lutam ao lado do povo pobre: "Como é possível que uma gente tão pobre, vítima secular de campanhas tão antigas quanto mentirosas, com um passado tão doloroso de pessoas feridas e mortas, agredida diariamente no corpo e na moral, ainda resiste?".
Um documento importante para pautar o debate da agricultura no Rio Grande do Sul e em todo Brasil, para que não fiquemos reféns das posições oficiais e os pré-conceitos da classe do agronegócio.
Contato do Jacques: acesso@via-rs.net
Artigo de Jacques Alfonsin "Quem só entende de dinheiro e boi não entende nada de gente".
Artigo de Tarso Francisco Pires Teixeira, Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel e Vice-presidente da FARSUL.
No dia que monocultura tiver como primeiro objetivo matar a fome de alguém, por favor, me avisem. Faz cerca de 500 anos que ela é praticada aqui e até agora, nada.
ResponderExcluir¬¬
Ah!
ResponderExcluirE Sebastião Salgado na foto semanal do blogue foi uma escolha linda, Ribas.
:)
Esta foto é linda né?
ResponderExcluirQuando a vejo sempre lembro do volume sobre Direito Agrário do Direito Achado na Rua.
Na foto, o homem com a flauta sempre me chama a atenção, lembro da música "Terra e raiz" do MST:
"Da terra corta a raiz, da planta que gera o pão, a madeira que dá o cabo da enxada e do violão".
Importantíssimo o enfrentamento que o Jacques faz, praticamente sozinho no RS, contra os latifundiários e o agronegócio. Só que a desproporção da divulgação de ambas as posições mostra o tamanho da desvantagem na briga...
ResponderExcluirAgora, qual é a base desse sindicato rural? Trata-se de uma organização que representa exclusivamente os latifundiários, ou há nele também pequenos agricultores? Precisamos compreender melhor as estruturas de (des)organização dos trabalhadores no campo, separar o joio do trigo, e buscar sempre possíveis aproximações com as organizações e movimentos populares, justamente pra fragilizar politicamente toda essa canalha do agronegocio...