sábado, 3 de dezembro de 2011

Sobre como Brecht consegue dar vida à dialética, com uma simplicidade radical, através da poesia.

Leitura de jornal durante a preparação do chá
(B. Brecht)

De manhã cedo leio no jornal os planos estupendos
Do Papa e dos reis, dos banqueiros e dos barões do petróleo.
Com o outro olho vigio
A panela com a água do chá
Como ela se turva e começa a borbulhar e de novo se aclara
E transbordando da panela sufoca o fogo.



Um artigo interessante, achado por aí, sobre isso:

Água mole em pedra dura: sobre um motivo taoísta na lírica de Brecht.


“Planos, vazios, rasos, tornam-se os poemas quando despojam sua matéria das contradições, quando as coisas das quais eles tratam, não despontam em sua forma viva, isto é, multifacetada, inesgotável, impossível de ser formulada em definitivo." (B. Brecht)

PS: pelejei mas não consegui dar título ao tópico, tá dando erro por aqui.

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