Luiz Otávio Ribas
“Nunca esquecer que é fundamental
contar com as próprias forças”.
A consciência histórica trata de
nossa responsabilidade diante de nossa realidade, apoiado no estudo
de nosso próprio passado, da herança cultural formadora do
presente.
Leopoldo Zea
Minha sugestão é que vocês criem
espaços de diálogo com o pretexto de discussão da grade
curricular. Uma possibilidade são os círculos de cultura, com dinâmicas
de grupo e a arte.
Uma experiência legal no NAJUP Luiza Mahin foi uma oficina de cartazes com o questionamento
“Para que serve seu conhecimento?”
O grupo do SAJU-BA organizou uma
instalação no hall da faculdade denunciando os casos de machismo
vivenciados pelas mulheres.
Vocês podem ouvir relatos nas salas de
aula e coletar frases que vocês considerem “pérolas” dos
professores e alunos. Com base nestas frases vocês buscam sintetizar
um tema que pode ser extraído. A frase é escolhida porque abrange
um número grande das outras falas, porque demonstra uma dificuldade
de compreensão da realidade, porque expressa uma visão de mundo
fatalista e porque representa uma opinião opressora.
Numa conversa em grupo vocês pensam
frases que seriam a negação desta, até chegar em apenas uma frase,
que seja afirmativa e que contenha a visão de mundo de vocês, seus
antivalores e uma possibilidade de ação para libertação.
Com base nestas frases (tema e
contratema) vocês pensam perguntas. Trata-se da problematização.
Tanto perguntas que fariam para as pessoas que falaram ou que
expressem dúvidas de vocês sobre o assunto (perguntas
exploratórias), quanto perguntas que encaminhem ações
transformadoras (perguntas problematizadoras da ação).
Agora segue um estudo de aprofundamento
teórico sobre as perguntas levantadas. Com base neste estudo podem
ser pensados temas para serem abordados em uma oficina (conteúdo
programático).
No fim, é só planejar a ação
cultural. Quanto tempo vai durar, onde vai ser, qual o material
didático necessário, os recursos audiovisuais etc.
Na prática pedagógica vocês podem
aproveitar para anotar novas frases e recomeçar o trabalho. Ou podem
ser usados temas que ficaram de lado na escolha do tema na primeira
vez.
No círculo de cultura todos falam, se
quiserem. Os educadores-educandos proporcionam a reflexão, com
perguntas planejadas e outras improvisadas. O objetivo é planejar e
executar uma ação. Toda prática pedagógica precisa ser também
formadora para que possa ser reproduzida por quem participa.
Até a próxima Ribas! Obrigado pelo espaço e por ter aceito o convite!
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