![](http://institutoluizgama.org.br/portal/images/stories/seo_luiz_gama/luiz_gama.jpg)
Também, participamos do projeto #desarquivandoBR, sobre o 1º de abril no Paraná, em 2012, e, na última semana, divulgamos a essencial série documental de Silvio Tendler, "Os advogados contra a ditadura".
Muitos estudos e memórias já foram e continuam sendo publicados para lembrar este importante momento, "página infeliz de nossa história, passagem desbotada da memória das nossas novas gerações" (para usar os versos da canção de Chico Buarque).
Citamos como exemplos, dentre os vários possíveis:
Os advogados e a ditadura de 1964: a defesa dos perseguidos políticos no Brasil (2010) - organizado por Fernando Sá, Oswaldo Munteal e Paulo Emílio Martins
Relatos: um advogado na ditadura (2012) - Antônio Carlos Barandier
Edésio Passos: 50 anos de advocacia (2012) - Patrícia Meyer
Coragem: a advocacia criminal nos anos de chumbo (2014) - José Mentor
Também, é importante registrar alguns estudos sobre a justiça de transição no Brasil, como por exemplo:
Verdade, memória e justiça: um debate necessário (2012) - organizado por Rogério Gesta Leal
Justiça de transição: contornos do conceito (2013) - Renan Honório Quinalha
Além desses, também gostaríamos de ressaltar a existência de pelo menos mais dois estudos, disponíveis na internet, que destacam a militância política e jurídica de defensores de direitos humanos durante a ditadura. São eles:
Retrato da repressão política no campo: Brasil, 1962-1985 (2011) - Ana Carneiro e Marta Cioccari (ver o item que finaliza o livro: "Advogados vítimas de repressão", com informações livremente extraídas de nosso blogue)
Advocacia em tempos difíceis (2014) - coordenado por Paula Spieler e Rafael Mafei Rabelo Queiroz
Em sede da relação entre advocacia e ditadura, ainda há muita história a ser contada. Seja porque a história da intelectualidade brasileira de esquerda, de extração universitária, está vincada nos cursos jurídicos (só para exemplificar, bacharelaram-se em direito desde Caio Prado Júnior até Milton Santos, passando por Celso Furtado e Paulo Freire), seja porque todo preso político, desaparecido ou não, deparou-se com a estrutura de estado e, de alguma forma, recebeu algum tipo de contato com advogados, no mínimo, dativos. Mesmo no caso de camponeses e indígenas mortos e/ou chacinados pela ditadura, há toda uma investigação a se trilhar, nesse sentido.
![](http://www.comissaodaverdade.org.br/upload/files/henrique-ornellas.png)
São histórias de contraditórias e reais personagens que, exercendo a advocacia, acabaram por enfrentar, como quixotes, as estruturas, tendo por arma suas utopias. Daí que a desconhecida história de um Henrique Cintra Ferreira de Ornellas, advogado "suicidado" no interior do Paraná, preso junto a seus filhos - de 15 e 17 anos -, no ano de 1973, deve ser resgatada e explicada.
Ornellas, presente! Advogados contra a ditadura, de ontem e de hoje, presente!
***
Ver mais em:
- Dossiê dos mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964 (Tortura Nunca Mais, do RJ e PE);
- Livros indicados pelo Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (Memórias Reveladas - Governo Federal)
Participamos da IX Blogagem coletiva #desarquivandoBR #50anosdogolpe
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