segunda-feira, 30 de julho de 2012

Para gostar de escrever


Há muito tempo eu estou pensando em escrever uma postagem em nosso blogue para estimular noss@s leitor@s a serem cada vez mais autor@s. Como educador, tenho percebido que uma das barreiras para a criatividade de nossa geração é o medo - medo de ser criticad@ -, que Paulo Freire chamaria de "medo da liberdade". Escrevo, portanto, energizado pelo diálogo na oficina sobre "Direito insurgente", durante o 33º Encontro Nacional de Estudantes de Direito, que ocorreu dia 26 de julho, no campus da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa.

Oficina "Direito Insurgente" no 33º ENED, em João Pessoa, na UFPB
Levantando do chão num só impulso

Para quem não está acostumad@ a escrever, uma postagem de blogue é um bom começo. Já que pode ser curta e repleta de linques que direcionam @ leitor@ para "veredas que se bifurcam", como dizia Jorge Luis Borges. Um processo de criação desordenado pode ser facilmente organizado na linguagem dos blogues, alheia à linearidade e a longos períodos. Quem se dedica à escrita acaba por inventar labirintos inesgotáveis, com referências a outros textos e portas de saída para outros sítios.

Ser diret@, sem ser superficial.

Uma abordagem direta é preferível para quem quer comunicar-se com diferentes públicos, desde quem está acostumad@ com a leitura, até quem está navegando de passagem entre a leitura do correio eletrônico e a próxima mensagem na rede social. É preciso, por outro lado, evitar a superficialidade de artifícios para ganhar audiência, perdendo no conteúdo e na originalidade.

Em relação ao estilo, a criatividade precisa ser amparada por aquele que melhor atender à relação entre as expectativas imaginadas de quem vai ler e as habilidades de quem escreve. Fazer uma escolha na variedade da poesia, crônica, artigo de opinião, depoimento, notícia, relato, informe, carta, resenha, manifesto...

"É preciso não ter medo, é preciso ter a coragem de dizer" - Carlos Marighela

O melhor método é o que atender um caminho árduo que leva ideias ao público. Isto pode até inibir, mas também liberta a muit@s. Para isto, é preciso ter muito respeito com a palavra. Por que a palavra que corta feito navalha, como disse Belchior; é a mesma palavra que quebra uma esquina, como dizia Leminski. O desafio é contar a história de um povo com ele e para ele mesmo, como faz Lília Diniz.

Vamos! Teu rascunho já fez o segundo aniversário! Teu caderno já amarelou página por página! Tua vida de escritor@ é irreversível, inarredável, inevitável!

Algumas dicas preciosas

Tenha sempre uma folha à mão, as ideias não esperam seu registro para desaparecerem.

Escreva sem mais, dê asas ao seu inconsciente e reconheça-se durante a leitura do que escreveu.

Para ser simples e diret@, sem ser simplista, escreva como se estivesse falando; ou se preferir, grave o que falou e depois transcreva.

Nos momentos de insegurança, peça a alguém para ler antes de publicar.

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