tag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post6552421997514832155..comments2023-10-28T08:38:17.869-03:00Comments on Assessoria Jurídica Popular: A “classe-que-vive-do-trabalho”: e o que a AJP tem a ver com isso?Luiz Otávio Ribashttp://www.blogger.com/profile/16853403191296683788noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-4762181805456508562012-06-21T07:11:14.941-03:002012-06-21T07:11:14.941-03:00Debate bastante rico, esse. De minha parte, gostar...Debate bastante rico, esse. De minha parte, gostaria de colocar ainda outra questão:a enorme dificuldade que nós, ligados ao mundo acadêmico, temos de nos situar no mundo do trabalho enquanto trabalhadores; de estarmos conscientes de nossa classe. Estou construindo a greve d@s professor@s e esse tem sido um momento histórico oportuno para essa reflexão - ao menos entre as pessoas que estão buscando se mobilizar. Certo dia, num ato público, um companheiro professor disse que não se entendia como um trabalhador. Para ele, essa categoria estaria ligada à exploração, e ele, como um intelectual, não se sentia explorado. FIquei pensando que a greve atual dos docentes das universidades ocorre num contexto de extrema precarização das condições de trabalho dos professores e da sua proletarização tb. O Reuni causou a expansão sem a qualidade necessária, e é importante que essa percepção não esteja só no plano do discurso, mas que consigamos perceber o quanto ela se concretiza em nossa vida acadêmica:turmas superlotadas nas quais não se consegue fazer um trabalho de qualidade, pouco propícias ao debate, que esgotam a voz d@ professo(a) (eu tenho faringite ao menos 3 vezes por ano); falta de local para dar aulas, enorme pressão para que a gente "produza", ao mesmo tempo em que boa parte das atividades, em especial as ligadas a trabalhos de mobilização política, que muitas vezes passam pela extensão, simplesmente não são contabilizados (a sensação de trabalhar tanto e não ter "pontos" suficientes)... enfim, são muitos os problemas, e vejo que pode não estar muito claro quem seja o nosso "patrão" que nos explora ( no caso da universidade pública), mas somos explorados, sim. E estamos cada vez mais endividados, nosso salário não chega ao fim do mês (a proletarização), ainda que, obviamente, nossas condições objetivas de remuneração sejam muito melhores do que a média dos outros trabalhadores do país.<br />E quanto aos estudantes, em especial os do direito, que constróem a assessoria jurídica popular, em que medida pertecem e se reconhecem enquanto classe trabalhadora? Em que medida planejam suas atividades pensando em contribuir com a organização e a luta dessa classe? Acho urgente a reflexão, para que possamos realmente ter um projeto político claro e à esquerda nas ajups.<br />Ana Lia AlmeidaRonaldo Montehttps://www.blogger.com/profile/07600819283672234151noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-58393420987682340722012-01-04T01:27:56.105-02:002012-01-04T01:27:56.105-02:002- O segundo ponto é o silêncio quanto a uma discu...2- O segundo ponto é o silêncio quanto a uma discussão que acredito que deva integrar o debate das AJUPs é a do que se considera como não trabalho, o dito trabalho reprodutivo, principalmente (mas não somente) confiado às mulheres e que sustentam o sistema tanto quanto o "trabalho na fábrica". <br />Um debate sobre exploração da força de trabalho não pode mais ser generalizado, de forma que contemple como atinge de forma diferenciada homens e mulheres, relegando a essas últimas (ao lado dos nossos já conhecidos negros, mestiços, estrangeiros e crianças) os piores trabalhos e os mais mal remunerados. Um discurso que a primeira vista poderia ser observado e digerido pelos pós modernos, como é a discussão do feminismo que esquece a importância da classe na determinação da opressão que as mulheres sofrem, é parte integrante do debate por uma sociedade sem exploração do trabalho. O patriarcado há muito se uniu ao capitalismo e é um dos eixos poderosos que garantem sua sustentação. As mulheres devem ser percebidas como elemento chave nessa re-tomada de contato com a classe que trabalha porque se trata de um grupo, dentro dos trabalhadores, numericamente considerável e que tem grandes dificuldades de se colocar politicamente por questões estruturais, que passa pelo acúmulo do trabalho 'reprodutivo', da violência que sofrem ao ocupar espaços públicos e de uma cultura e educação que não valoriza nelas esse potencial.<br /><br />Espero as discordâncias, ou (quem sabe) concordâncias rsrsrsrsrsrDiana Melohttps://www.blogger.com/profile/05052394306393495251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-34963070838916474352012-01-04T01:27:26.414-02:002012-01-04T01:27:26.414-02:00Concordo com o Diego em vários momentos da sua fal...Concordo com o Diego em vários momentos da sua fala e, apesar de não ter tido contato com a obra do Antunes, a escrita clara e simples do Diehl consegue nos situar inicialmente nesse debate.<br /><br />Me reconheço muito no discurso quanto á crítica aos pós modernos, embora não o realize de uma forma tão ferrenha e, ao meu ver, dura, quanto o Diego. Particularmente sempre me inquietei ao me deparar com a análise realizada pelos pós modernos ao perceber o quanto falavam de uma realidade que flagrantemente não era a nossa, mas apenas um recorte dela, uma que não contempla, por exemplo, a vida na periferia e a violência operada contra a população mais pobre e trabalhadora e a criminalização da sua vida (o que nos insere em outro debate, eu sei) e que não coloca em discussão o quanto a exploração de pretos, pobres, mulheres, estrangeiros e crianças ainda é executada para garantir o funcionamento do capital e que essa exploração serve de mola propulsora para que a organização em torno do trabalho seja realizável.<br /><br />Embora as concordâncias, um ponto e uma ausẽncia apenas me deixaram com algumas fagulhas de inquietação e apesar de acreditar que não tenhamos grandes discordâncias sobre os assuntos, vamos lá: <br /><br />1- quanto a luta junto às comunidades tradicionais e camponeses. <br />As observo como um elemento tão poderoso de articulação de forças no combate a esse modelo global capitalista de exploração de uns para benefício de uma minoria que detém os meios de produção e que determina o que seja lucrativo ou não, o que tenha valor ou importância ou não; quanto a articulação de forças da classe que tem sua força de trabalho explorada. Nem menos, nem mais, mas tão importante quanto. <br />A forma de vida dessas comunidades tradicionais e dos campesinos, que plantam pra comer e realizam um comércio que não se enquadra nesse modelo agro-exportador, coloca-se frontalmente contra o modo de produção capitalista e sua visão de desenvolvimento e somente poderão existir com a superação dele.<br />A autocrítica que podemos realizar, no entanto, é se se tem percebido que as lutas fazem parte do enfrentamento direto ao capital ou se tem se tratado as lutas de uma forma fragmentada sem a crítica ao sistema como um todo. Como se não houvesse relação com uma luta que é maior.<br />Essa percepção, a meu ver, coloca-nos outra tarefa: a de realizarmos o fortalecimento dos espaços de convergência de lutas, a exemplo do que ocorreu há um tempo atrás na Assembléia Popular e destacarmos, enquanto AJUPs, o quanto as lutas pontuais (contra a instalação de um Polo siderurgico, por exemplo, ou a instalação de Belo Monte) fazem parte de uma crítica ao capital. <br />Não é demais ressaltar que essa observação não retira a importância de que sim nos reaproximemos da classe trabalhadora e explorada e que conheçamos mais de perto experiências de articulação e luta das trabalhadoras e trabalhadores como a da Flascô em Campinas.Diana Melohttps://www.blogger.com/profile/05052394306393495251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-57951942026374614982011-03-18T23:50:16.984-03:002011-03-18T23:50:16.984-03:00Sim! É mais um blogue com o qual precisamos nos ap...Sim! É mais um blogue com o qual precisamos nos aproximar e dialogar. Quiçá comentar as postagens no blogue deles!Diego A. Diehlhttps://www.blogger.com/profile/12708707248049462514noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-9288434702060209252011-02-26T20:05:29.369-03:002011-02-26T20:05:29.369-03:00Olá
Vejam a repercussão da postagem no blogue Bra...Olá<br /><br />Vejam a repercussão da postagem no blogue Brasil e Desenvolvimento.<br />http://brasiledesenvolvimento.wordpress.com/2011/02/20/a-classe-que-vive-do-trabalho-e-a-assessoria-juridica-popular/#comment-1897Luiz Otávio Ribashttps://www.blogger.com/profile/16853403191296683788noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-68670384643097124232011-02-08T23:34:42.772-02:002011-02-08T23:34:42.772-02:00Esqueci de avisar: coloquei a síntese do estudo do...Esqueci de avisar: coloquei a síntese do estudo do IPEA no Scribd, talvez seja interessante colocarmos um link na biblioteca digital.<br /><br />Eis o link: http://www.scribd.com/doc/48459964Diego A. Diehlhttps://www.blogger.com/profile/12708707248049462514noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-8518804598940356712011-02-08T23:31:48.530-02:002011-02-08T23:31:48.530-02:00Sei que sou insuportavelmente insistente nesse deb...Sei que sou insuportavelmente insistente nesse debate, mas me parece que é justamente nesse ponto que a AJP (universitária ou não) encontra-se emperrada hoje, certamente por questões ideológicas conjunturais, cuja superação me parece uma tarefa para já (e não apenas para quando estivermos mais maduros ou organizados), e que antes de ser puramente teórica, é fundamentalmente prática.<br /><br />Mas para isso alguns "tigres de papel" precisam ser derrubados. Por exemplo, a onipotência do movimento sindical, de suas estruturas e aparatos político-burocráticos. O neoliberalismo se encarregou de destruir a espinha dorsal do sindicalismo, o que no Brasil ocorreu simbolicamente com a derrota da greve dos petroleiros em 1995. A partir daí, a militância migrou para outros movimentos, muitos mantendo sua convicção revolucionária, mas muitos cedendo às tentações dos modismos intelectuais.<br /><br />Hoje, menos de 40% da classe-que-vive-do-trabalho no Brasil é sindicalizada, e, destes, muitos são sub-representados, ou mesmo literalmente explorados por suas direções (sua mais-valia se converte em imposto sindical). E o Direito não perde sua cota de culpa nessa história: hoje os sindicatos atuam na lógica do "eu resolvo", privilegiando mais e mais os meandros legais e cada vez menos as soluções que passam pela luta coletiva, que é a que realmente pode alterar a conjuntura em prol da classe.<br /><br />Diante disso, me parece que há sim algo que a AJP possa fazer nesse âmbito, seja no sentido da educação popular e do diálogo com a classe para a conquista de direitos, seja no sentido prático-militante da AJP de apoiar as lutas, e no seu sentido técnico assessorando juridicamente os trabalhadores (e inclusive tentando convencer os colegas advogados sindicais a aplicar o Direito não num sentido tecnicista, mas como um dos instrumentos da luta).<br /><br />Uma sugestão de primeiro passo? Que tal contribuir na próxima greve que pintar em nossa cidade? E que tal trazer os relatos dessas lutas para o blogue, de forma a refletirmos coletivamente sobre os limites e as possibilidades da AJP?Diego A. Diehlnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-24831211781771562432011-02-08T17:17:44.195-02:002011-02-08T17:17:44.195-02:00Está aí um ponto delicado para trabalharmos no mov...Está aí um ponto delicado para trabalharmos no movimento de assessoria popular.<br />Pessoalmente, considero que esta aproximação é estratégica e constitui a própria razão de ser da assessoria popular.<br />Tanto a assessoria estudantil quanto a advocacia popular precisam debater este problema, nem que seja para afirmar com maior clareza e consciência o "rompimento" com as teses marxistas e a adoção dos "pós-modernos".<br />O que não pode é termos a ilusão que estamos construindo um "movimento de assessoria popular" sem movimento popular.Luiz Otávio Ribashttps://www.blogger.com/profile/16853403191296683788noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-65741310925347575652011-02-07T02:30:13.110-02:002011-02-07T02:30:13.110-02:00Ainda que o debate acerca do campesinato não possa...Ainda que o debate acerca do campesinato não possa prescindir de maiores aprofundamentos, posso dizer que concordo com o Diego em suas reflexões.<br /><br />O que poderia colocar como um problema dentro dessa análise, porém, é justamente o porquê da falta de aproximação de nossas redes de assessoria jurídica popular com relação à classe-que-vive-do-trabalho tal qual o Diego assinalou aqui a partir de Ricardo Antunes. E digo isso só para corroborá-lo, mas, ao mesmo tempo, para procurar afastar a tese, a meu ver pouco sólida, de que é possível disputar, pela via das AJPs, o espaço de trabalho com sindicatos e côngeneres (e, com isso, não quero dizer que esta seja a própria proposta do Diego). A aproximação com a classe-que-vive-do-trabalho só se fará com: 1. rigorosa organização política; 2. estrutura de financiamento consolidade; 3. articulação estudantil-profissional extremamente aperfeiçoada. Trabalhar com os "sem", conforme a opinião da postagem, é uma marca de nossas AJPs. Talvez, haja no mínimo 2 motivos: um deles, de índole histórica, qual seja, o sentido que o movimento dos trabalhadores tomou no Brasil e, ao mesmo tempo, o impacto das discussões antropológicas entre nós (o que significa abarcar os chamados novos movimentos sociais e as comunidades tradicionais); por outro lado, porém, trata-se de um reflexo da própria organização da AJP, seja com estudantes seja com advogados. Trabalhamos com os "sem", porque também nos apresentamos como "sem": sem-organização política; sem-estrutura econômica; sem-articulação necessária. Nosso trabalho - e a constatação é bastante antiga já - artesanal e dependente de contexto (o que fica claro nas universidades, em geral públicas, que a cada ano tem de renovar a maioria, quando não inteiramente, de seus membros ajupianos).<br /><br />A assessoria de sindicatos e espaços de trabalho formal em geral envolve muitos interesses econômicos. É ingenuidade pensar que, da forma como estamos organizados hoje, conseguiremos atingir essas realidades sem nos comprometermos politicamente, para não falar em economicamente. <br /><br />Ainda assim, mesmo com este diagnóstico, não devemos esperar as melhores condições. É tempo de levar adiante esta discussão, e começar a pensar essa realidade dentro do movimento de assessoria popular.Ricardo Prestes Pazellohttps://www.blogger.com/profile/11698907163325129894noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-49759771177064565922011-02-07T00:17:23.195-02:002011-02-07T00:17:23.195-02:00Ótima instigação ao debate, Ciro. Sempre temos que...Ótima instigação ao debate, Ciro. Sempre temos que ter cuidado em não definir (e por vezes mesmo rotular) os autores injustamente, e, por mais que o que mais nos interesse é discutir a praxis da AJP, sabemos que ela é permeada por idéias e concepções, e daí a importância de debater autores, teorias etc.<br /><br />Não tenho dúvidas de que Negri é um autor inteligente e progressista, com uma história de engajamento político, motivo pelo qual precisamos nos apropriar dialeticamente de sua contribuição. O mesmo para muitos outros que não cheguei a citar, mas que passaram mais ou menos pela mesma trajetória (como Habermas por exemplo, por mais que não se inscreva no pensamento pós-moderno).<br /><br />Me parece porém que Negri segue um processo intelectual que vai paulatinamente rompendo (e não superando dialeticamente, como seria o caso) com as categorias fundamentais do materialismo histórico, cada vez mais descrevendo apenas aparências que só fazem esconder as essências dos processos. Esse conceito de "Império", por exemplo, que Negri descreve como sendo agora um "Império sem imperialismo", coisa um tanto questionável hoje com Wikileaks, desmoronamento de "ditaduras amigas", 4ª Frota etc etc. Uma boa crítica disso está no livro "O Império e o imperialismo" de Atilio Borón.<br /><br />Sobre o conceito de "Multidão" me parece que ocorreria o mesmo. Podemos considerar como "multidão", como massa amorfa, sem classes ou simplesmente "pluriclassista" processos de rebelião popular como temos visto nos últimos anos na América Latina, ou agora no Magreb? Ou será que são "os de baixo", classisticamente dispostos na base da divisão social do trabalho, que mais uma vez se rebelam contra a exploração e a opressão?<br /><br />Me parece que o problema de Negri é o problema geral da interpretação de 1968 no mundo, época que marcou o momento máximo de engajamento dele no movimento operário, estudantil e anti-colonial na Europa. A derrota do movimento, atribuída ao movimento operário (e não à baixa consciência de classe) e aos partidos marxistas (e não ao estalinismo, ao reformismo e ao oportunismo) fez com que muitos intelectuais se afastassem e buscassem outros sujeitos e concepções (o que por outro lado permitiu imensos avanços em outras áreas, diga-se).<br /><br />Talvez caiba ainda um debate sobre se conceitos como "império" e "multidão" não pecariam de uma dose de eurocentrismo, que o faz generalizar certas interpretações que só se adequam à realidade européia (ou talvez nem isso!).<br /><br />Desnecessário dizer que essa é minha opinião pessoal e respeitosa aos adeptos do pensamento deste e outros autores no mesmo sentido. Se todos tivessem a mesma opinião, este blogue seria um "monólogo coletivo", e não um verdadeiro diálogo.Diego A. Diehlhttps://www.blogger.com/profile/12708707248049462514noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8502620451751951542.post-25848847180176751412011-02-06T15:49:52.808-02:002011-02-06T15:49:52.808-02:00ótimo post, Diehl.
Bom saber mais sobre esse conc...ótimo post, Diehl. <br />Bom saber mais sobre esse conceito. Só quero fazer um adendo.<br />Em relação a Antonio Negri, li muito pouco dele, mas, do que li, pelo menos em relação a essa questão do mundo do trabalho, ele não se coloca como se a preponderância do dito "trabalho intelecual" na europa se estenderia pra todo e qualquer lugar no globo. Pelo contrário, a própria abordagem nele pressuõe a existência de um imperialismo que organiza mundialmente a divisão do trabalho, e que a preponderância do operiado é forte nos países do Sul.<br /><br />Negri se aproxima muito dos ditos "pós-modernos", e dos não ditos, como Deleuze, Guatarri, e Foucault. Mas a uma clara tradição marxista no seus escritos, o principalmente no que diz respeito a importância da categoria classe.<br /><br />No livro feito em parceria com Michel Hardt, "Multidão", ele trabalha um nova forma de problematizar a classe, e o próprio conceito de multidão é um conceito de classe.<br /><br />O movimento operaísta italiano, do qual Negri fez parte, também tem umas reflexões interessantes. Nele, é proposto o conceito de operário social, isto é, o operário na sua acpeção mais ampla, não só no trabalho, mas sua relação no conjunto da sociedade, abrangendo, por exemplo, questões como a moradia e o lazer. Houve um esforço deste movimento no sentido de trabalhar conjuntamente os aspectos do trabalho, da fábrica, com aspectos ligados ao contidiano e as condições de vida como um todo do operário. Seria uma experiência interessante de conhecer, já que, no meu entendimento, os anseios da AJP vão nesse sentido.Ciro Monteirohttps://www.blogger.com/profile/04731278509659943963noreply@blogger.com